Olá, estudantada!
Para quem ficou de fora, na terça-feira passada, 26/07, houve no RESUN a segunda reunião com os/as bolsistas-trabalho da UFS. Além de 43 bolsistas-trabalho, nela podemos contar com a participação de professores e servidores dos Comandos Locais de Greve (CLGs) e do COME-UFS trazendo repasses das movimentações estudantis por todo Brasil.
Para quem ficou de fora, na terça-feira passada, 26/07, houve no RESUN a segunda reunião com os/as bolsistas-trabalho da UFS. Além de 43 bolsistas-trabalho, nela podemos contar com a participação de professores e servidores dos Comandos Locais de Greve (CLGs) e do COME-UFS trazendo repasses das movimentações estudantis por todo Brasil.
Esta segunda reunião, fruto de uma primeira (realizada no dia 21/junho) bastante estimulante e com cada vez mais evidência da necessidade do debate com os/as bolsistas-trabalho da UFS, serviu para o encaminhamento de pautas, repasses, informes das greves no âmbito nacional e, além disso, um melhor esclarecimento sobre a greve dos professores e técnicos e como a precarização do trabalho afeta de sobremaneira os/as bolsistas-trabalho.
O congelamento da realização de concursos públicos (por uma falta de investimento público, fato que impede que haja uma reposição de pessoal compatível com o crescimento da Universidade dos últimos 5 anos) e a não regulamentação de uma verdadeira política de assistência estudantil que mantenha os/as estudantes dedicados/dedicadas exclusivamente ao estudo e recebendo um apoio financeiro de modo que se custeiem dentro da Universidade foram as principais causas, apontadas pelo CLG de técnicos e CLG de professores, para a insistente existência do bolsista-trabalho.
Esta "categoria", que perdura desde a década de 70 na UFS e que funcionava uma política de inclusão de menores infratores, é hoje fonte de uma ambiguidade que precisa ser sanada: é o grupo de estudantes que exerce um papel crucial para o funcionamento da Universidade em seu aspecto burocrático, ao passo que é o grupo mais à margem da Universidade e de direitos trabalhistas, por ser mão-de-obra barata, por não ter férias, por ser exposto à longas caminhadas, sol, chuva, não exercício de sua potencialidade, não poder fazer pesquisa etc.
Além dos repasse da conjuntura nacional da greve, ficou por conta do COME-UFS o convite para a II Assembléia Geral dos Estudantes. Em conjunto, foram feitas propostas de construção em apoio aos bolsistas-trabalho e a assinatura de coletiva de um documento entregue a Comando Local Unificado (CLU - composto pelo COME e pelos técnicos e professores grevistas) no dia seguinte com as seguintes pautas:
- Reajuste emergencial do auxilio-alimentação dos bolsistas-trabalho para R$304,00, assim como professores e técnicos recebem pelo governo (Equiparação do valor do ticket alimentação.);
- Garantia de que todos os estudantes da UFS tenham acesso a alimentação durante a reforma do RESUN;
- Compromisso de entrega do RESUN no prazo previsto: 06 meses.
Também foi encaminhada, coletivamente, uma paralisação dos/das bolsistas-trabalho no dia 4 de julho com ato no campus São Cristóvão para simbolizar nossa luta e agregar essa nova categoria de mão-de-obra barata que se sujeita a essa atividade que não complementa em nada os estudos (nem como horas formativas ou experiência profissional) por falta de bolsas de iniciação científica e extensão; ou seja, por falta de coisa melhor para conseguir o dinheiro do sustento e se manter na Universidade.