Assembleia Geral dos Estudantes em Defesa da Educação Pública, gratuita e de qualidade.

    Acontecrá hoje, às 15 horas, mais uma Assembleia Geral Estudantil da Universidade Federal de Sergipe. O evento ocorrerá no hall do restaurante universitário do Campus São Cristóvão na Av. Marechal Rondon, no BairroJardim Rosa Elze, e contará com a presença de estudantes de diverso curso da instituição. Mobilizados desde o dia 17 de maio, os estudantes compõem o Movimento em Defesa da Educação Pública, movimento que surge em torno da paralisação dos docentes e servidores técnico-administrativos da UFS.

   
    Até o presente momento há mais de 50 universidades em estado de greve no Brasil, o equivalente a 95% da rede de ensino público superior. Os estudantes do Comando de Mobilização Estudantil da UFS-COME, pretendem levar, em parceria com os centros e diretórios acadêmicos, a reflexão sobre ao atual projeto de educação superior presente nas instâncias administrativas da comunidade acadêmica.

   
    A greve iniciada por professores (as) e técnicos (as) representa uma resposta aos impactos do Projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais-REUNI. O projeto foi executado pelo governo Lula e, ao que tudo indica, terá continuidade na atual gestão da presidente Dilma Rousseff. Apesar de ter proporcionado a criação de novas vagas e novos cursos de graduação desde o ano de 2007,contraditoriamente, é possível constatar a ausência no que diz respeito ao financiamento, infraestrutura , contratação de professores efetivos e aumento do corpo de funcionários técnico-administrativos.

       Para ter ideia da falta de comprometimento do estado brasileiro com suas universidades públicas, a presidenta Dilma Rousseff no ano de 2012 realizou um corte significativo de R$ 1,927 bi no campo da Educação. Resultado disso é a equação de 80% de professores em greve, e mais de 600 mil estudantes sem aula. Para Breno, estudante do curso de Educação Física, “a assembleia estudantil é um espaço fundamental pra discutirmos e decidirmos os rumos de nossa universidade, principalmente agora num momento de greve dos professores, onde as contradições da educação estão cada vez mais expostas. É importante que os estudantes se mobilizem com os seus colegas de curso e de universidade, pois só com estudante ativo conseguiremos as mudanças necessárias na nossa universidade”, confirma.

  
    Já a estudante de Fisioterapia, Mery Gatto, “o momento é para nós debateremos alternativas para o fechamento do RESUN em obras e apresentaremos os dados que coletamos sobre a reforma que durará cerca de seis meses”, alega.

        A assembleia é um espaço democrático onde os (as) estudantes poderão trazer suas demandas e proposta, para que o movimento em defesa da educação pública possa desenhar ganhos concretos diante das negociações exigidas em documentos elaborados por estudantes, professores e técnicos de diversas instituições espalhadas pelo país, em especial no estado de Sergipe. A atividade ocorrerá às 15h00min no hall do restaurante universitário.